domingo, 29 de agosto de 2010


Hoje, dia 29 de agosto de 2010, Eduardo e eu fazemos 10 anos de convivência “física”.
Se contar a parte “virtual”, acrescente uns 10 meses aproximadamente.
Nos conhecemos através do ICQ (uma das primeiras ferramentas de bate-papo que usei na internet). Ele entrou com o nickname REI MIDAS (não foi um bom cartão de visitas, achei meio pretensioso – como se sabe, tudo que Midas tocava transformava-se em ouro). A princípio não dei muita conversa, deixei-o em banho-maria.
Um belo dia, sem muito a fazer, percebi-o online. Resolvi chamá-lo para conversar. Foi então que descobri, por trás do Nick exageradamente pretensioso, um menino tímido tentando soltar-se através de uma tela de computador e um teclado. Conversamos amenidades, contamos um pouco da vida um do outro (é claro, com alguns exageros e invencionices de ambas as partes), e ficamos amigos. Talvez por isso ele tenha conquistado minha confiança, e curiosidade também, pois em nenhum momento entrou em conversas íntimas ou de cunho sexual.
Em agosto de 2000, viajei para o MT para visitar minha família. De lá, continuamos nosso papo pelo ICQ e, um belo dia, conversamos mais de uma hora por telefone. Combinamos nos conhecer assim que eu retornasse à Porto Alegre. E assim foi.
Nosso encontro foi marcado no Shopping Iguatemi, em frente ao Relógio D’água. Chegou pontualmente na hora combinada. Fiquei impressionada com aquele homem alto, magro e usando um cavanhaque (talvez para parecer mais velho, pois ele tinha 21 e eu 31 anos). Conversamos um pouco, e fomos ao cinema ver um filme “muito romântico”, 60 segundos, com Nicolas Cage (hehehe). Claro que assistimos ao filme, mas ficamos o tempo todo observando um ao outro. O contato “pessoal” depois de meses teclando pela internet é um tanto constrangedor, então esse tempo no cinema foi muito bom.
Saindo de lá, fomos ao McDonald’s, e continuamos a nos conhecer. Depois de tanto tempo, claro que não lembro o teor da conversa, mas o papo rolou sem silêncios prolongados.
Na hora de irmos embora, perguntei qual condução ele iria pegar, e fiquei surpresa quando soube que estava de carro (me confessou depois que se não tivesse gostado de mim nunca teria me falado). Terceiro ponto ganho na noite. O primeiro foi na hora de pagar o ingresso do cinema, cada qual pagou o seu (achei muito justo) e o segundo foi quando ele pagou o lanche (gentileza absoluta).
Chegando em casa, claro que convidei-o a entrar. Vimos algumas fotos, conversamos mais um pouco e ele resolveu ir embora (era uma terça-feira, então, no dia seguinte, labuta). Na saída, um susto. Conheceu o Átila, meu rottweiler que na época tinha 5 anos, de uma maneira nada amistosa, um monte de pelos pretos saindo da escuridão e pulando no peito dele. Ficou estático, encostado na parede. Chamei meu vizinho Gilson para prender o cachorro, que mais tarde se tornaria seu grande amigo.
Nesse dia, nada de intimidades (mais um ponto). O papo foi realmente amistoso e muito agradável.
Mais uma parte da história, nos próximos capítulos.

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